domingo, 16 de outubro de 2011

I Simpósio Internacional de Baianidade




A UNEB, por meio de seus Departamentos, especialmente DCHT-Campus XXIII, que sediou o I SINBaianidade, potencializa a sua conformação de ser uma Universidade imprescindível para a Educação Superior no Estado, a partir de projetos científico-acadêmicos pontuais de afirmação institucional.

Presente na maioria das regiões da Bahia, a UNEB não tem como órgão suplementar um fórum de pesquisa e extensão multidisciplinar voltado para o debate sobre as identidades baianas.

Com o SINBaianidade, idealizado pelo professor, pesquisador de Jorge Amado e diretor do Campus XXIII, Gildeci Leite, deu mostras reais e concretas de que é possível congregar artistas, intelectuais, comunidades culturais e religiosas, saberes e pensamentos orais e letrados para dialogar sobre nossas experiências e vivências baianas.

A programação do evento teve palestras de Muniz Sodré, João Jorge (Olodum), Júlio Braga, Antônio Torres, Capinan; exibição de filmes, como "Jardim das Folhas Sagradas", de Pola Ribeiro, e "Bahêa, minha vida", de Márcio Cavalcante; shows de Mateus Aleluia, Xangai, Roberto Mendes, além de debates com professores, pesquisadores, estudantes em diversas mesas-redondas nos quatro dias de evento.

Fui convidado para participar da mesa "Claves e Acordes da Baianidade", ao lado do Prof. Dr. Armando Alexandre Castro (UFBA), "Axé music e baianidade"; do Prof. Ms. Carlos Barros, "As baianidades em Daniela Mercury e Ivete Sangalo: construções a partir das representações coletivas dos públicos do artista"; do Prof. Ms. Clebemilton Nascimento (UNEB), "Outras baianidades: representações de gênero e outros marcadores sociais da diferença nas letras dos pagodes baianos", e de César Rasec (Mestre em Cultura, jornalista e pesquisador musical), "Do trio elétrico à Axé Music: um novo olhar sobre a baianidade".

Debatemos com muitos momentos de calorosa intervenção do público sobre o valor acadêmico de nossas pesquisas, o que tem demonstrado que a baianidade musical é um dos pontos mais controvertidos dessa ideia de Bahia, até porque a música produzida aqui é mais popular do que a literatura e por isso a sua visibilidade é espontânea, vide os atores que a dinamizam e a força empresarial e mercadológica que a caracteriza.

O resultado deste evento, no qual a voz corrente era de que a iniciativa foi exemplar para as outras Universidades, não poderia ser outro: positivo. Embora ainda carente de estrutura maior para congregar o público com conforto, o esforço de todos da Comissão Organizadora para suprir essas lacunas deu o tom da exequibilidade de realização fora de Salvador de um evento sobre a sua hegemonia cultural na Bahia.

Deslocamos de um centro para outro (Seabra é o centro geográfico do Estado) as várias Bahias.

Esperamos que a próxima edição seja mais abrangente, desta vez, com o Núcleo de Estudos da Baianidade da UNEB criado para consolidar mais ainda nossos objetivos.




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