quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Acontece que eu sou baiano - o livro


A repercussão de meu primeiro livro tem sido surpreendente, talvez menos pelo autor, mais pelo que ele escreveu, assim como pelo tema que analisa, a saber, a baianidade de Dorival Caymmi.

Falo isso sem nenhuma ponta de falsa modéstia, até porque, confesso, devo muito a boa aceitação do livro ao próprio Dorival Caymmi, que por si só já é uma figura importante na cultura e na música brasileira.

Meu contato com ele inicialmente foi por telefone, que se estendeu por sete anos, até chegar o dia de conhecê-lo pessoalmente no Teatro Castro Alves, em 2006, na entrega do Prêmio Jorge Amado de Cultura e Arte. Doce, atencioso e falante, Caymmi recebeu de bom grado a proposta de meu trabalho sobre sua obra. Às vezes, vi-me obrigado a ter o distanciamento devido de pesquisador e evitar uma proximidade de admirador, mas no dia do evento não me contive de emoção ao apertar sua mão que tanto escreveu canções representativas de nosso cancioneiro nacional. Após sua morte, já com a dissertação de mestrado defendida e recomendada para publicação pela banca, mas guardada no fundo da gaveta, fui motivado por amigos e pela necessidade de prestar-lhe uma homenagem. Consegui apoio da Fapesb para 300 exemplares. Edição esgotada. A editora fez mais cem exemplares para atender ao edital da Fundação Pedro Calmon, que selecionou meu livro para ser distribuído nas bibliotecas públicas do Estado. No dia do lançamento em Salvador, na Galeria do Livro, dos cem exemplares disponíveis, vendi 67. Foi uma noite de sexta-feira de happy hour literário festivo ao som de violino, violão e percussão tocando Caymmi, regada com bebidinhas, doces e salgados variados e acarajé feito na hora, além da alegria de amigos, colegas e parentes... Agradeço à imprensa que apoiou na divulgação do livro em diferentes meios. Meus agradecimentos especiais:

À Patrícia Moreira, do Caderno 2+, de A Tarde, que conheci na Bienal do Livro de São Paulo, onde lancei a convite da Associação Brasileira das Editoras Universitárias. A jornalista acreditou na proposta de meu livro e abriu espaço com uma entrevista de página inteira na edição do caderno no dia do lançamento.

À Tv Aratu, pelo repórter Cristiano Gobbi, que fez uma matéria muito criativa e coerente com a proposta do livro, retratando a partir do local onde foi dada a entrevista, no Rio Vermelho, personagens emblemáticos do cancioneiro caymmiano como o pescador e a baiana de acarajé.

Às rádios Excelsior (Salvador) e Unesp FM (São Paulo) pela minha participação em dois programas para públicos diferentes e que, na primeira emissora, me deu a experiência de falar ao vivo com ouvintes que me conheciam, como Júlia, bilbiotecária da UFBA, funcionária homenageada pela minha turma na formatura de Letras. Na rádio paulista, gravado por telefone, falei para um público mais literário. Confira aqui a entrevista. É a de nº 932 no playlist.

À TVE, que divulgou o livro antes do lançamento, no TVE Revista como dica da agenda cultural; durante o evento, com exibição no mesmo programa; e depois, no Soterópolis, numa matéria bem produzida pela equipe de um dos programas mais criativos da televisão local. Além disso, tive o apoio de blogs de amigos e de desconhecidos, notas em jornais locais e sites informativos.

Agradeço imensamente a Andréia Fiamenghi, da Galeria do Livro, no Espaço Unibanco, pela recepção ao livro e a extravagância do autor em fazer um evento lítero-musical em uma extensão recém-inaugurada de sua livraria. Enfim, agradeço a todos os caymmianos veteranos e novatos, sem os quais o livro não teria tido a trajetória que tem construído. Agora, é partir para a 2ª edição, porque a fila de pedidos está crescendo.